História de Carmo do Paranaíba
Os primitivos habitantes dessas terras foram os índios araxás e, posteriormente, os bandeirantes, que por lá passaram rumo aos garimpos de Abaeté e Paracatu. Segundo a tradição, Francisco Antônio de Morais e Elias de Deus Vieira ali se estabeleceram, agruparam-se economicamente e fundaram o arraial. Com o tempo, ramificaram-se as famílias, aumentando a população, tendo o núcleo primitivo expandido-se consideravelmente.
A ocupação se deu graças aos influxos da afamada picada de Goiás, no desbravamento das matas à procura do ouro e, muitas vezes, do índio, para escravizá-lo. Entretanto, a fertilidade das terras foi o principal motivo da ocupação e desenvolvimento do atual município.
O lugarejo era chamado de “Arraial Novo”, posteriormente de “Carmo do Arraial Novo”.
O topônimo atual é homenagem a Nossa Senhora do Carmo e, por estar o município situado na bacia do rio Paranaíba.
Fundação
Carmo do Paranaíba foi oficialmente fundada no dia 25 de dezembro de 1835, quando foi fixado o Cruzeiro no local onde seria construída a Matriz de Nossa Senhora do Carmo, e celebrada a primeira missa no “Arraial Novo”, como era chamada a cidade na época.
Em 17 de março de 1879, ocorreu a instalação da Vila do Carmo do Paranahyba. A lei nº 3.464, de 04 de outubro de 1887, sancionada no dia 19 do mesmo mês pelo Governador da Província, Luiz Eugênio Horta Barbosa, conferiu-lhe a prerrogativa de cidade, da qual tomou posse no dia 20 de abril de 1889, após terem sido preenchidas todas as exigências legais.
Portanto, o dia 04 de outubro foi equivocadamente escolhido como a data de aniversário da cidade, já que sua instalação ocorreu em 20 de abril de 1889. A nossa Lei Orgânica oficializou, como comemorativa da cidade, não a data de sua instalação, mas a da Lei que a possibilitou.
Economia, artesanato e culinária
Desde os primórdios, a principal fonte econômica do Município se assenta na agricultura e agropecuária, com destaque para a cafeicultura, setor que absorve maior parte da mão de obra não qualificada. O café produzido na cidade hoje é, em quase totalidade, exportado principalmente para a Europa. Os demais produtos da agricultura local são: milho, arroz, feijão, cenoura, tomate e batata.
O artesanato é bastante diversificado, fazendo-se presente em diversas áreas: cerâmica, metal, couro, tapeçaria, madeira, palha e bambu.
A comida típica carmense é variada e saborosa, destacando-se os biscoitos, comidas feitas com milho e seus derivados, e doces caseiros.
Saiba um pouco mais sobre alguns dos locais históricos de nossa cidade, clicando nas fotos abaixo:
Fonte: Livro "Cem anos de Carmo do Arraial Novo", de Hélio Hilton Rezende
Fotos: Zé Guilé